Ficou pra última rodada

domingo, 30 de novembro de 2008

A emoção é definitivamente a palavra-chave desse Brasileirão 2008. A decisão será na última rodada, São Paulo e Grêmio lutarão pelo tão sonhado título do Campeonato Brasileiro. O Tricolor Paulista teve a chance de antecipar essa agonia, mas desperdiçou. O Fluminense, mais uma vez, atrapalhou os planos são-paulinos.

Na briga pela Libertadores, tanta emoção quanto. O Cruzeiro tropeçou de novo, o Flamengo bobeou mais uma vez, e o Palmeiras fez o possível para vencer fora de casa, mas empatou. O rubro-negro se deu mal, e continua fora da zona de classificação.

Agora chorem, lamentem, e lamentem mais ainda. A Portuguesa foi rebaixada de novo, para tristeza dos lusitanos e de todos aqueles que admiram o time do Canindé. Uma pena para o futebol paulista. O Ipatinga também já está oficialmente rebaixado para a Série B.

Não é Libertadores mas tá valendo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008


Uma final inédita, uma final com um time brasileiro e não mais por isso, o inédito. Brasil contra Argentina na decisão, Internacional contra Estudiantes, D' Alessandro contra Verón, novo contra o velho, final da sulamericana. Importante? Não muito. Mas por que não? Talvez porque não tenha uma grande recompensa ao campeão, além dos milhões de dólares.

Uma vaga na Libertadores? Seria o ideal. E para os mais sonhadores, por que não para o mundial? Mundial de Clubes da Fifa. Você prefere ver o Inter lá no Japão ou acompanhar jogos dos "Al-..." da vida? Resposta óbvia.

Mas se todos menosprezaram essa competição, o Colorado não. Aliás, deu muito importância, tanto que já abandonou de vez o Campeonato Brasileiro, apostou tudo na segunda competição sulamericana mais importante da América do Sul.

A final não é contra o River Plate, muito menos o Boca Juniors, mas o adversário também tem sangue argentino, e não custa nada tirar uma casquinha dos nossos hermanos. Afinal, final é final.

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Um é bom, dois é ótimo, três seguidos? É Tricolor!

domingo, 23 de novembro de 2008


Quem mandou o Grêmio vacilar?
Quem mandou o Palmeiras bobear?
Quem mandou o Cruzeiro tropeçar?
E quem foi que mandou o Flamengo despencar?

Deu nisso. Faltando duas rodadas para o fim do Brasileirão 2008 adivinha quem vai ser o campeão? Pra variar, o São Paulo. Méritos? Muitos. Mas o que dizer de quatro times que passaram o campeonato inteiro na liderança, e nenhum deles será o grande vencedor?

Enquanto os quatro se preocupavam com jogos ali, jogos aqui, o Tricolor do Morumbi chegava um pouco quieto, um pouco despercebido, e hoje já é líder absoluto, e cada vez mais distante. Quem acreditava? Eu não. Mas o futebol é assim hoje em dia, vence quem é mais competente, vence quem tem mais regularidade. E regularidade foi uma palavra esquecida totalmente no Campeonato Brasileiro deste ano.

Agora fiquem com esse monopólio que nos cerca, com todo merecimento, diga-se de passagem, porém que deixa o futebol cada vez mais sem graça. Quando um clube vai ser tão grande a ponto de encarar o São Paulo de frente? Parece que só lá existe organização, só lá existe um projeto.

Admirem e copiem o que é bom, porque se continuarmos assim o futebol vai ficar cada vez mais com as cores: branca, vermelha e preta. E todo ano a mesma imagem, um goleiro artilheiro levantando uma taça, e que chorem os outros times, pois enquanto eles ficam parados, o São Paulo dispara como o melhor time do Brasil, e sem contestações.

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Cadê o melhor do mundo?

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Que Brasil hein! Jogadas boas pra lá, golaços pra cá! Cristiano Ronaldo? Quem é esse? Sumiu em campo. Que jogo fácil, que jogo sem palavras, um jogo do Brasil? Isso. Aquele mesmo que não fez um gol se quer na BOLÍVIA, isso mesmo, BOLÍVIA, e em pleno Engenhão.

Mas Portugal, seleção que cresceu na Europa, seleção que teve Felipão, mas agora não tem. Tem sim um time bom, por sinal muito bom. Mas o que aconteceu? Um gol tudo bem, dois até vai, mas seis? Ninguém imaginava, nem o Dunga. Mas ficamos felizes é claro, afinal o Brasil jogou que nem Brasil. A última vez que vi um jogo assim da seleção foi contra... Deixa pra lá!

Que seja! Luís Fabiano confirmou a ótima fase e fez três. O autêntico camisa 9 que tanto procurávamos está aí. Adriano que se cuide. E voltemos a sorrir com belos gols e uma bela vitória, e de goleada. Brasil 6x2 Portugal. Boa volta à terrinha!

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Jogando como nunca, amarelando como sempre

domingo, 16 de novembro de 2008

Já se tornou repetitivo o "amarelamento" do Palmeiras, já se tornou frustrante para os torcedores. Não é de hoje que o Verdão perde a chance de brigar por um título e decepciona à todos que tinham esperanças em relação à ele.

O jogo do Maracanã disse tudo, mostrou que apesar do alviverde sempre estar entre os primeiros colocados, o time não tem condições de almejar algo maior que uma humilde vaga na Libertadores. O Flamengo por sua vez jogou um partidasso, Kléberson e Ibson jogaram como craques, sem nenhum erro. O rubro-negro jogou por música. Aquelas clássicas.

Foi inacreditável. Por dois motivos, mesmo sabendo da fragilidade do Palmeiras fora de casa, não se imaginava um placar tão elástico. E do outro lado, não se imaginava uma atuação tão espetacular como foi a do time carioca. Um 5 a 2 pra ninguém botar defeito.

Agora a briga, sem dúvidas, fica entre São Paulo e Grêmio, com enormes chances de um tricampeonato do tricolor paulista. De novo!

Uma idéia que não deu certo... Mas por quê?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sabe-se da importância do esporte na vida de alguém, e sabe-se também que para o deficiente isso tem um significado ainda maior. No ano de 2005 um projeto começou a ser desenvolvido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, onde diversas escolas espalhadas pelo Brasil seriam treinadas para desenvolver o esporte paraolímpico, o nome do projeto era “Paraolímpicos do Futuro”.

A idéia principal era treinar os professores de educação física para que eles pudessem estar capacitados para lidar com pessoas deficientes, e também incluir o esporte na vida dessas pessoas, que querendo ou não são alvos de muitos preconceitos. Buscava-se uma inclusão que nem sempre acontecia, e ainda não acontece. Campeonatos entre escolas seriam organizados.

Não deu certo. O projeto durou pouco mais de dois anos, tendo fim no dia 13 de outubro deste ano. Um dos motivos alegados pela CPB foi um problema entre a entidade e o Tribunal de Contas da União. E novamente uma idéia que parecia brilhante, acabou do nada. Por que isso acontece? Idéias como essa não podem passar em branco, ou durar dois anos e serem removidas sem a menor justificativa.

Precisamos de pessoas sérias, que tenham projetos e decolem com eles até o seu limite máximo, e mesmo assim não parem, porque quem pára se acomoda, e acomodação é uma palavra que não está no dicionário dos vencedores. Afinal, esporte é vida!

É Marcão...

domingo, 9 de novembro de 2008

Mais uma vez o Palmeiras parou. Parou de vez, e não jogou nada, realmente nada. Faltou de novo um meia criativo? Com certeza. Aliás esse problema já vem tirando a paciência do torcedor, assim como a falta de poder de decisão do time, que sempre nas horas decisivas acaba tropeçando.

O Grêmio, ah o Grêmio! Que gol foi esse? De novo Marcos? Como descrever um gol assim? Sem palavras. E o desespero? Faltando 15 minutos para o fim do jogo, o goleiro Marcos já arriscava idas para o ataque. Podia sim comprometer o time, e o 2 a 0 ficava mais fácil de ser alcançado pelo time gaúcho, sorte que não aproveitou, sorte para o Palmeiras. Ou azar? Afinal a briga pelo título ficou muito mais difícil.

Faltando quatro rodadas o Verdão deu uma bobeada dessas, e pode ser crucial. De que adianta torcer contra o São Paulo se o time alviverde não faz nem a sua parte? Tristeza para os palestrinos, e alívio para os tricolores paulistas que vêem o tricampeonato cada vez mais perto.

Peixe se afoga na chuva, Palmeiras mais vivo do que nunca

domingo, 2 de novembro de 2008


Começou o clássico, mas já? 1 a 0 Palmeiras. Rápido demais, nem deu pra recompor as emoções da Fórmula 1 e lá vinha mais emoção no Brasileirão. O gol foi de Kleber, o gladiador alviverde. Mas não foi nada fácil segurar esse placar, aliás, até foi pela falta de pontaria dos atacantes santistas.

Chances e mais chances foram perdidas pelo Santos, que encontravam buracos enormes na defesa palmeirense, mas não aproveitava. Apesar da fragilidade em defender os contra-ataques do Peixe, o Verdão teve mais uma bela surpresa na zaga (nem tão surpresa assim), e foi Martinez. Para que Gladstone, ou Maurício, ou David... Martinez deu conta do recado. Assim como Bruno, que fez defesas espetaculares.

Na volta do segundo tempo, de novo! Gol do Santos, gol relâmpago, tudo igual na Vila Belmiro. Polêmica no gol, o juiz validou, o bandeirinha não. Uns dizem que foi Kleber Pereira que fez, outros que Bruno jogou contra a própria meta. Mas sem reclamações, empate justo, gol legal. A expulsão de Luxemburgo que não foi nada legal, difícil de entender.

O Palmeiras foi pra cima. Denílson e Léo Lima entraram para tentar mudar a cara da partida. De certa maneira deu certo, não daquele jeito exuberante, mas o suficiente para deixar a torcida alviverde transbordando de alegria aos 45 minutos do segundo tempo, quando Léo Lima colocou o Verdão na frente de novo, 2 a 1. E assim como na Fórmula 1, o jogo foi decidido nos último minutos, e foi algo incrível para coroar uma bela partida.

E o Cruzeiro? Ah...3 a 0 para o Goiás. Força para o Palmeiras na reta final.

FOTO: globoesporte.com

Emoção até na última curva


Uma corrida histórica, como eu previa. Que emoção na reta decisiva, e que orgulho de ser brasileiro. Felipe Massa fez honra ao país que nasceu, fez milhões de pessoas sentirem uma enorme satisfação mesmo com o vice-campeonato. A corrida foi tranqüila para o brasileiro, já para Lewis Hamilton foi emoção do começo ao fim.

O inglês oscilava sempre entre a quarta, a quinta e a sexta posição. A grata surpresa foi Vettel, que infernizou a vida de Massa, e no final da corrida estava dando o título para o brasileiro, porém Glock estragou tudo, não suportou a pressão de Hamilton e cedeu na última curva, acreditem, na ÚLTIMA CURVA!

Emoção não faltou, naquela pista molhada, aqueles brasileiros gritando, tudo aquilo que faz parte de uma linda festa. Festa que não terminou verde e amarela, mas com certeza não houve frustração. Hamilton merecia esse título, e Massa fez de tudo e mais um pouco para se sagrar campeão. Não foi dessa vez.

O brasileiro cruzou a linha de chegada campeão, e alguns metros depois viu esse título ir por água abaixo junto com aquele dilúvio que hora caía na pista de Interlagos. Mas convenhamos, um ponto de diferença é fantástico. Sorte de Lewis Hamilton, o título é dessa vez é dele.

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"É muito perigoso ser jornalista", por David Coimbra

sábado, 1 de novembro de 2008

Uma profissão perigosa, essa de jornalista. Quase todos os dias aparece um espertalhão querendo se valer ou do anonimato, ou da calúnia para espetar alguém. E a responsabilidade vai ser quase sempre do jornalista.

Plantar notícia em jornal é quase tão freqüente quanto mau-caratismo de gente bem graduada ou filhotismo que pretende passar para trás alguém que possui maior mérito.

Muitas vezes, a notícia que pretende ser plantada é cheia de verossimilhança. É muito difícil de duvidar-se dela, tão bem ela está encaixada dentro de uma situação, de um escândalo que já vem se desenvolvendo, ou então se coaduna perfeitamente com a personalidade já fragilizada de alguém.

Mas é falsa a notícia que se pretende publicar. Ou então é verdadeira mas não há como prová-la e o jornalista que intenta a divulgação fica segurando no pincel, sendo responsabilizado por não ter preenchido o ônus da prova.

É muito perigoso ser jornalista. E mais ainda, como me aconteceu há 20 dias, faltando apenas 25 minutos pra eu entrar no Jornal do Almoço, me veio a informação bombástica. Tive apenas alguns minutos para checá-la, não como eu queria amplamente, mas perifericamente como mal eu desejava.

E tive de dar a notícia. Arriscando a minha pele, embora com dados que me davam a chance maior de acertar do que errar.

E aí passei o dia crivado de desmentidos dúbios, na incerteza, no mar da dúvida.
Até que, às 19h, veio a confirmação da notícia, que se espalhou então triunfante por todos os veículos de comunicação, os da trincheira e os concorrentes.

É a consagração. Mas é fruto de muito trabalho, nervosismo, tensão.

E credibilidade. Credibilidade do veículo em que se trabalha, seja televisão, rádio ou jornal.

E credibilidade do jornalista. Que significa uma longa história da relação entre o jornalista e seu público.

Uma história de fidelidade à verdade. Uma história de lealdade do jornalista com os conteúdos do seu trabalho, endereçados à causa da informação e ao bem da coletividade, em primeiro lugar, ao interesse do leitor, do ouvinte, do telespectador, em segundo lugar.

Mas essa luta toda acaba proporcionando grandes vantagens. A repercussão desses embates acaba proporcionando uma preferência das fontes para o jornalista prestigiado, as notícias acabam desembocando ao natural nos braços do profissional designado pelo esforço e pela idoneidade para recepcioná-las.

Valeu a pena.

Autor do Texto: David Coimbra